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Alcunhas nas camisolas

Terça-feira, 29.10.13

Quando o marketing é levado a sério, como uma ferramenta que pode fazer a diferença, surgem ideias loucas que acabam por ver a luz do dia, como esta que a NBA está a considerar.

É sabido que os desportistas têm, entre si, uma panóplia de alcunhas que usam todos os dias… podem até nem ser as mesmas durante toda a carreira (raramente o são) e podem nem ser as mesmas durante uma época; basta um evento marcante (em jogo ou treino), basta uma transferência para uma nova equipa, basta algo no dia-a-dia de um profissional do desporto.
E, claro, as alcunhas não são só para os jogadores.

Atenta a este facto e ao quão próximo da vida dos jogadores andam os mais fervorosos adeptos, a NBA equaciona agora deixar as equipas usarem um uniforme em que, em vez do nome do jogador nas costas, apareça a alcunha pela qual ele é conhecido.

É de doidos!
Mas, claramente, é muito bom (marketing).

Edições únicas de camisolas vão aparecer para venda, miúdos (e graúdos) irão vesti-las e dizer: “eu estava lá quando o Derrick Rose usou a camisola a dizer Poohdini!”

Mas este tipo de iniciativas não é novidade na NBA.

Kobe Bryant e LeBron James com camisolas alusivas à

Bem conhecedora do facto da população hispânica ser fã de basket, há muito que as equipas usam regularmente uniformes totalmente em espanhol, com logótipos adaptados.

Em Chicago, os Bulls equipam de verde no St. Patrick’s Day há já vários anos e, na loja, as camisolas vendem muito bem (eu bem sei, tenho uma do tempo do Ben Gordon!)…

Derrick Rose com o uniforme verde de St. Patrick's Day

No que diz respeito a esta ideia das alcunhas, em toda a NBA já se pergunta o que iriam os jogadores escolher e usar.

De entre os mais conhecidos, LeBron James deverá usar o comum “King James”, Kobe Bryant poderá ser “Black Mamba”, Kevin Durant será “Durantula”, Ray Allen já disse que usaria “Shuttlesworth”, referente ao personagem que interpretou em “He Got Game” (onde contracenou com Denzel Washington);  Paul Pierce também não surpreendeu ao escolher a sua alcunha comum, “Truth”.

A nova proposta veria, por exemplo, os Chicago Bulls a equiparem com:

  • #1 Derrick Rose – “Poohdini”
  • #9 Luol Deng – “Loooie”
  • #13 Joakim Noah – “Sticks”
  • #5 Carlos Boozer – “C-Booz”
  • #12 Kirk Hinrich – “Captain Kirk”
  • #21 Jimmy Butler – “Tomball”
  • #22 Taj Gibson – “Tagy-woo”

Bom marketing, sem dúvida.
Se aparecer uma camisola do Michael Jordan (claro que seria com um “Air” por cima do 23, nas costas), ainda penso no assunto.

 

Fontes: NBA.

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publicado por Hugo Salvado às 07:23

Uma SOPA que pode mudar tudo na Internet...

Terça-feira, 17.01.12

Decorre, nos tribunais americanos, um gigantesco processo que se intitula de "S.O.P.A. - Stop Online Piracy Act", ou seja um "acto para parar a pirataria online".

Dada a sua dimensão, alcance e objectivos, faz sentido a analogia a um iceberg.

Acima da tona da água, é visível uma acção para proteger os artistas e seus conteúdos, bem como a tentativa de erradicar todos os comportamentos e acções que sejam passíveis de violar as leis de direitos de autores.

Mas, como se de um iceberg se tratasse, a esmagadora maioria do processo não está à tona, mas submersa em interesses e motivações que, em várias vertentes, pouco parecem ter a ver com o que deveria ser uma legislação deste tipo.

As primeiras questões postas pelo utilizador da Internet seriam:
"Mas vai mudar alguma coisa? O que é que isso me afecta?"

A verdade é que, caso o "SOPA" passe (seja aprovado), todos os conteúdos que são colocados online terão um novo enquadramento de direitos de autor, dado que a entidade, ou melhor, o site que os publica fica imediatamente sujeito a uma catalogação e classificação que o pode, neste enquadramento, colocar numa lista negra.

Esta lista negra conterá, com toda a certeza, os sites de partilha de ficheiros, os sites de apoio a sistemas de peer-to-peer (ou P2P, plataformas sucessoras do Napster, como o µTorrent) e, adicionalmente, todos os que contenham conteúdos sujeitos a copyright em que as questões de licenciamento não estejam absolutamente regularizadas ou claras.

Um blogue ou um site que tenha, por exemplo, uma foto em que apareça algum conteúdo sujeito a copyright é passível de ser incluído nesta lista negra (para todos os que publicam fotos no "seu" Facebook ou que, de uma forma amadora, escrevem artigos em blogues com recurso a fotos disponibilizadas online, esta lei terá um impacto real). 

 

Mais do que isso, os mecanismos de busca e todos os tipos de sites noticiosos ou de conteúdo oficial ficam proibidos de terem links apontados para sites e endereços IP que estejam na lista.

A expressão livre fica, até na Internet, sujeita à censura.
Para quem, como nós, está fora dos EUA, a frase torna-se ainda mais pesada, porque a sujeição é à lei e à censura americana.

Por trás deste "SOPA/PIPA" (onde "P.I.P.A. - Protect IP Act" se refere a uma proposta de lei complementar dentro do mesmo âmbito) estão a MPAA (Motion Picture Association of America), a RIAA (Recording Industry Association of America), e a Câmara de Comércio dos EUA (U.S. Chamber of Commerce)... ou seja, a indústria cinematográfica, a indústria fonográfica e a representação do comércio no Governo americano.

Do outro lado está o universal grito de e pela liberdade, escrito e vociferado bem alto por milhões de pessoas (anónimos e famosos) e também por entidades e empresas como o Google, Wikipedia, Facebook, Twitter, Tumblr ou a Reddit.

Vários sites estarão amanhã offline, nomeadamente a Wikipedia, em protesto contra o que consideram poder vir a ser o dia mais negro da expressão livre... a convocatória para uma "Quarta-Feira Negra na Internet" está feita, embora as obrigações legais e contratuais de prestação de serviços impeçam aparentemente que o Google e outros grandes players opositores venham a participar neste "apagão".

O fundador da Wikipedia diz: "Isto vai ser um 'uau!' e espero que na quarta-feira a Wikipedia ajude a sobrecarregar os telefones em Washington até que derretam. Digam a toda a gente que conhecem o que se passa!"

Quem também já se juntou a este movimento foi a Mozilla (empresa que faz o browser "Firefox") e a Wordpress (serviço que permite a criação gratuita e simplificada de sites e blogues).

A posição da Casa Branca é, como se esperava, cautelosa, com comentários como: "Qualquer esforço para combater a pirataria online deve ter mecanismos de defesa contra a censura e proteger as actividades que estão dentro da lei. Adicionalmente, não deve inibir a inovação feita por quaisquer entidades, sejam estas grandes ou pequenas."

Como nos EUA as actividades de lobby são legais e feitas "às claras" (ser lobbyista é uma profissão reconhecida pela lei), é preocupamente para todos os que se opõem ao "SOPA/PIPA" que os comités que as votam e podem levar ao Congresso sejam visível e maioritariamente a favor.

Nunca como hoje, a frase do escritor/compositor/intérprete Robert Zimmerman, a.k.a. Bob Dylan, foi tão verdade:
"The times, they are a-changin'!"


Fontes: CNET | ABC News

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publicado por Hugo Salvado às 18:15

Audiências: o grande espectáculo ibérico

Segunda-feira, 29.11.10

Serão assim as mesas de matrecos em Portugal daqui a uns anos?

 

No final dum programa de debate político na Antena 1 na passada Sexta-feira, os três reputados jornalistas participantes, referiram-se a um grande jogo de futebol no fim-de-semana, que eu ingenuamente pensei ser o meu Sporting vs Porto. Mas não, enganei-me: aludiam emocionados ao Barcelona vs Real de logo há noite, o grande espectáculo ibérico com patrocínio da GALP e com protagonistas lusos como Ronaldo e Mourinho, só para referir os mais mediáticos. Ninguém duvida que o share deste directo será esmagador. Sinal dos tempos e… da globalização, em véspera do 1º de Dezembro.

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publicado por João Távora às 17:04





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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