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Um blogue sobre comunicação inteligente
Avaliar é preciso
Desde que Christina Warren escreveu há um ano sobre a medição do ROI (retorno do investimento) nos Social Media, pouco se evoluiu lá fora neste sentido e ainda menos em Portugal. Em 2009, estudos internacionais então publicados divulgavam que entre 80% a 85% das acções de comunicação desenvolvidas nestas plataformas não eram avaliadas com eficácia, enquanto diversos opinion-makers como Ravit Lichtemberg antecipavam a necessidade de alcançar um modelo consensual de aferição como uma das tendências para 2010.
Entretanto, em Junho deste ano, a AMEC (Association for Measurement and Evaluation of Communication) e o IPR (Institute for Public Relations) organizaram uma conferência que deu origem àqueles que são a partir de agora denominados "Princípios de Barcelona" e, em teoria, aplicáveis quer aos Social Media quer às relações públicas old school.
Princípios, no entanto, não devem ser confundidos com métricas. E no meu caso estou ainda à procura de um forma de avaliação que seja verdadeiramente operacional, facilmente entendível para o cliente e efectivamente associada aos resultados de cada acção de comunicação. Tendo a olhar com simpatia para abordagens simples como esta de Nichole Kelly, simplicidade que me parece não deixar de transportar com ela alguma eficácia. Estou, no entanto, aberto a contributos e soluções - vindas de quem sabe - para o indispensável debate.
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4 comentários
De Leonardo de Melo Gonçalves a 03.12.2010 às 16:01
De João Villalobos a 03.12.2010 às 17:19
De FF a 03.12.2010 às 17:09
Não existe, por enquanto, esta forma de avaliação e é por isso que se continua, e utilizando ferramentas bastante deficientes como o Klout, a dar um ênfase completamente errado aos números.
Especialmente no Twitter o trabalho de monitorização humana é indispensável isto por várias razões sendo a mais importante, para mim, esta:
- A ausência de regras na maneira como uma mensagem é replicada e a própria génese da plataforma que permite o aparecimento de novas formas de o fazer (Ex: recentemente começaram a ser utilizadas as siglas HT e também as " " que são um RT mas que não são consideradas como tal em ferramentas como o Klout ou TweetAnalyzer.
É este problema, o de se estar a lidar com uma plataforma orgânica, que impede o surgir uma ferramenta que permita realizar uma monitorização eficaz do impacto de uma comunicação ou acção.
Mas, é possível? Penso que sim.
Basta olhar para acções como a iniciativa recente da (RED), em conjunto com a FourSquare, para o dia mundial da SIDA para se perceber o poder das redes sociais e o que elas podem fazer para durante um dia não se falar de outra coisa e uma marca aparecer de forma subliminar na timeline (neste caso pelo uso de #turnRED que era a única maneira de ganhar o tão cobiçado badge).
O impacto da acção foi visível - pelo mapa que estava em destaque no site da RED - mas também pela repercussão que teve nos media online e tradicionais.