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A criação de uma marca ou como se luta contra o imobilismo

Terça-feira, 30.08.11

Sou da geração em que surgiram os primeiros projectos de Comunicação Social online. Fui jornalista fundador do Diario Digital numa altura em que os jornais em papel começavam a apostar também na Internet. Vivemos o boom do www e fizemos coisas inimagináveis, criativas e que marcaram a diferença. Hoje o Diário Digital ainda subsiste mas é, infelizmente, uma pálida imagem do que foi e, mais importante que isso, do que poderia ter sido.

Serve o parágrafo anterior para louvar a iniciativa de que o Dinheiro Vivo, até aqui exclusivamente online vai passar a ter uma edição em papel. Quando surgiu, certamente tiveram as suas dificuldades. André Macedo, o director, refere que em experiências passadas no i e na Sábado, “tive de fazer o caminho a partir do zero. Não havia fontes, as pessoas não conheciam a marca”.

Hoje, felizmente, é diferente e o Dinheiro Vivo consolidou-se no mercado e dá o que se pode dizer que é passo natural e lógico: a passagem para uma edição também em papel, o que, no caso do Diário Digital nunca aconteceu e, penso, terá determinado o actual status quo do jornal.

No caso do Dinheiro Vivo, fica-se a saber que os projectos não vão parar por aqui e o Dinheiro Vivo parece imparável. Uma boa notícia contra a crise e a prova de que, se formos bons, interessados, ambiciosos e com vontade, tudo conseguimos.

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 10:10

O fim de uma era?

Quinta-feira, 25.08.11

Steve Jobs anunciou a sua saída de CEO da Apple, provocando uma verdadeira avalanche de comentários em tudo o que é redes sociais. Embora esperado, o anúncio da sua demissão por motivos de saúde – e a sua substituição pelo número dois da empresa Tim Cook – levou a que os mercados reagissem no imediato, tendo as acções da Apple caído mais de 5%.

Cook, como legítimo herdeiro, não terá um trabalho fácil, como nunca têm os sucessores. A Apple era Jobs e Jobs era a Apple e as grandes inovações do mercado que tornaram a marca um ícone fashion deveram-se ao arrojo empreendedor do seu fundador.

Na carta que escreveu ao Conselho de Administração Jobs faz questão de realçar que “os dias mais brilhantes e inovadores da Apple ainda estão para vir”. Oxalá tenha razão.  

 

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 10:21

O risco de democratizar o iPhone

Quarta-feira, 24.08.11

Quando a Jaguar foi comprada pelos indianos da Tata Motors, o mercado daquela que era uma marca de luxo britânica cresceu, com clientes fascinados com o facto de poderem ter este carro por um preço mais competitivo. O reverso da medalha foi, como se sabe, que muitos outros que já tinham optado por esta marca há décadas e que nela confiavam, venderam os seus carros. Porque não confiaram na inovação indiana, porque consideraram esta venda um crime de Lesa Magestade ou porque, pura e simplesmente, não queriam ser confundidos com o “povo” ou os “novos-ricos” que passaram a comprar Jaguar.

Lembrei-me desta história ao ler a notícia que a Apple anunciou que irá lançar no mercado uma versão mais barata do popular iPhone, com 8GB, ao invés dos 16GB ou 32 GB, destinado fundamentalmente para os mercados emergentes (leia-se China).

Steve Jobs não quer perder o potencial de milhões de clientes que, fascinados com o telemóvel gadget do momento, optem por adquirir a versão mais acessível.

É uma opção de marketing, válida como outra qualquer. Mas, claro está, que isto coloca vários problemas. E a história mostra que nem sempre esta estratégia corre bem.

Steve Jobs pode passar a ter novos clientes, é verdade. Mas quantos antigos não ficarão pelo caminho porque o iPhone deixou de ser um produto de elite?

Já para não falar que, se o preço for, de facto, muito competitivo, porque razão a Apple tem pedido fortunas pelas várias versões do iPhone? O consumidor pode ir atrás de modas, mas não gosta de se sentir enganado.

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 12:13

Comunicação é Poder?

Segunda-feira, 22.08.11

 

É pena que alguns políticos tão empenhados na utilização das redes sociais, passada a refrega eleitoral, desinvistam no diálogo com os eleitores. O meu amigo Leonardo Melo Gonçalves há tempos abordou aqui o assunto dando o exemplo da Secretária de Estado Hillary Clinton, que ainda hoje se apresenta no perfil do Linkedin como candidata presidencial. É irónico o mau aspeto que pode gerar uma plataforma de gestão da boa imagem.
Pela parte que me toca não me choca que uma figura pública opte por um estilo de comunicação tradicional, sem “redes” nem modernices. O que já me soa estranho é quando a estratégia se altera subitamente sem uma explicação aparente que não seja “já consegui aquilo que queria, não tenho mais tempo para conversas ou amigos virtuais”.
Por isso é que me surpreendi que Paulo Portas, um exímio comunicador tão bem rodeado de bons profissionais, tenha deixado ao abandono a sua página no facebook. Certo é que na matéria Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas também não se vêm destinguindo pela exuberância. Entende-se a dificuldade na gestão de protagonismos que possam vulnerar a coligação governativa. Entende-se perfeitamente que é mais fácil comunicar o protesto, fazer oposição. Mas nada disso justifica: o grande desafio da boa Comunicação e das boas Relações Públicas põe-se verdadeiramente na instável “cadeira do poder”. É que a história dos governantes está cheia de maus finais por causa de boas ações mal compreendidas.

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publicado por João Távora às 18:23

Boas práticas

Quarta-feira, 17.08.11

Em qualquer empresa, um dos erros de palmatória que ainda hoje se comete é o de se avançar com projectos sem que se conheça a opinião do mercado. A Coca-Cola, há uns anos, cometeu esse pecado original ao lançar uma versão da popular bebida que se revelou um fracasso total. Felizmente, as marcas são muito mais do que uma boa ou má ideia e, honra seja feita, aprendem com os erros. 

Actualmente, com a tecnologia existente, já não é falta de bom senso ou ignorância não auscultar o mercado. É, pura e simplesmente, burrice. 

A Microsoft, apesar de ter muitos admiradores, tem um capital de desconfiança que nunca conseguiu suplantar por mais que o seu CEO Bill Gates dê milhões de dólares para caridade, crie fundações e incentive as boas práticas na empresa que fundou, está a potenciar a relação com os seus clientes e, aproveitando a criação do Windows 8, está a fazer um trabalho notável de marketing de proximidade. 

Para ir recolhendo as opiniões dos que vão testando este novo sistema operativo, a Microsoft criou um blogue e comprometeu-se igualmente a dar feedback através Twitter, pela conta @BuildWindows8

Steven Sinofsky, responsável pela empresa, no post inaguraldo blogue diz que o objectivo é o de “manter um diálogo aberto com todos aqueles que querem testar a próxima versão nos próximos meses”. O Windows 8 está previsto no mercado a partir do próximo ano.

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 12:41

A tecnologia ao serviço da anarquia

Quarta-feira, 10.08.11

Lê-se no Fibra que o BlackBerry Messenger é o meio de comunicação mais utilizado pelos manifestantes nos motins da cidade de Londres.

 

Vem isto a propósito do uso que as novas tecnologias e a comunicação 2.0 podem ser usadas. Para o bem ou para o mal. Foi graças ao Twitter que descobrimos que o Médio Oriente estava em polvorosa, com os manifestantes a exigir reformas democráticas. É agora com o Blackberry que os arruaceiros de Londres comunicam para lançar a anarquia.

 

Mas o uso da tecnologia poderá sair caro aos desordeiros londrinos. A Research in Motion (RIM), criadora do Messenger para este telefone já disse que poderá vir a divulgar os nomes dos utilizadores deste serviço e que estiveram envolvidos nos motins.

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 16:00

The Printed Blog

Segunda-feira, 08.08.11

Pode-se estar, de facto, a assistir à next big thing ou apenas a um entusiasmo passageiro, fruto do momento estival que se vive. Mas, pelo que se lê no  Facebook  , é de acreditar mais na primeira hipótese. A revista The Printed Blog é uma ideia notável de um grupo de pessoas que decidiu ousar – e basta para isso olhar para a capa escolhida - quando tudo no País aponta para que se arrisque o menos possível.

Juntar escrita de qualidade de várias pessoas, quando há tanta coisa boa que se perde nos blogs porque não são conhecidos ou não há tempo para procurar é algo de positivo que se deve louvar. Mesmo que esta não tenha sido uma ideia original – a origem da revista é, como não podia deixar de ser, norte-americana – não se retira o mérito de ser uma boa ideia.

E, se falarmos em termos de comunicação stricto sensu, The Printed Blog tem tudo para ser um projecto empresarial de sucesso. Para más notícias já basta as que se lêem todos os dias.

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publicado por Francisco Mota Ferreira às 15:38

Mais Google +

Segunda-feira, 08.08.11

Segundo Nicolas Carr autor de vários livros sobre a Internet, (...) "O Google+ inclina-se muito para o lado da publicação. Os primeiros membros parecem ser dominados pelo que poderíamos chamar o eixo dos novos media" - são os bloggers, os jornalistas, os profissionais e os entusiastas da tecnologias de informação. 
No Google+, não há muita gente a comentar inícios e fins de namoros. A sensação é mais de um regresso aos tempos da blogosfera, mas aqui temperada com a partilha rápida a que o Twitter e outros serviços mais recentes nos habituaram. O site permite formatação de texto (com negritos ou itálicos), uma ferramenta bem vinda para quem quer escrever posts. E é muito mais fácil escrever no Google+ do que lançar um blogue: a audiência já lá está, pronta a receber e a partilhar o conteúdo. Alguns dos "partilhadores frenéticos Twitter também aderiram - e agora com a vantagem de não estarem limitados a 140 caracteres. (...)

 

João Pedro Pereira, Pública 07.08.2011 

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publicado por João Távora às 14:12

Twitter e Goolge+

Quinta-feira, 04.08.11

 

Consta que está em discussão a possibilidade do Twitter aumentar o limite de 140 caracteres por post, numa aparente reacção ao surgimento do Goolge+ sob o argumento de que a ferramenta está a perder importância. Se tal se confirmar, teme-se que isso resulte numa perigosa cedência à descaracterização desta popular rede de microbloging, cujas virtudes, síntese e relevância, sustentam o seu sucesso. 

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publicado por João Távora às 16:59

Brindes e merchandising político

Terça-feira, 02.08.11

brindes e merchandising político

 

Designa-se merchandising como uma ferramenta de Marketing, formada pelo conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos nos ponto-de-venda, de maneira a promover a sua comercialização. Originada do termo francês merchand, ele designa vulgarmente objetos e brindes de promoção a produtos, marcas ou ideias. Por exemplo, tornou-se parte integrante do marketing político as organizações promoverem a sua imagem, slogans e causas através da estampagem dos mais variados objetos de uso corrente, como camisolas, chapéus, loiças, porta-chaves, agendas, etc., etc.

Vem isto a propósito do curiosíssimo prato de faiança do início do Séc. XX cuja foto se publica acima, uma antecipação daquilo que hoje se usa chamar merchandising político, um brinde propagandístico “republicano”, cujo ideário do partido se fundava, para além da oposição à chefia de Estado realista, no anticlericalismo radical.

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publicado por João Távora às 16:51





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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