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Um blogue sobre comunicação inteligente
Branding... simplificado em cinco passos
A palavra "branding" é dos estrangeirismos (anglicanismos, para ser mais exacto) que melhor se ajustam a um conceito relativo a marketing. Trata-se, tão somente, de fazer ajustar uma imagem de marca (ou "brand image") à sua identidade.
Simples... só conceptualmente.
O processo é habitualmente moroso e iterativo, dado que a entidade/empresa visada tem sempre a intenção de se fazer apresentar no seu melhor, de passar uma imagem atractiva do que representa, do que são os seus valores e objectivos, um pouco como uma mulher quando selecciona a sua maquilhagem. Mas o “branding” é muito mais do que eye-liner e baton, é muito mais do que a escolha da roupa... implica uma coerência entre aspecto exterior e conteúdo.
O bom "branding" é fiel, claro e caracterizador, traduz para o consumidor ou (potencial) cliente a verdadeira identidade de quem se apresenta, seja num flyer, num outdoor, num website ou num cartão de visita.
Existem inúmeras soluções possíveis para o tratamento de "branding" de uma marca (e/ou sua re-criação - "rebranding") e, como Alina Wheeler - uma conceituada brand consultant norte-americana - refere no seu livro "Designing Brand Identity: An Essential Guide for the Whole Branding Team", o processo até pode ser simplificado e decomposto em cinco passos:
- Fazer pesquisa/investigação
- Clarificar a visão, estratégia, objectivos e valores da entidade;
- Investigar necessidades e ideias dos stakeholders;
- Auditar marketing, concorrência, tecnologia, liguagem;
- Avaliar as marcas existentes no mercado;
- Apresentar os resultados destes estudos.
- Clarificar a estratégia
- Sintetizar os resultados obtidos;
- Tornar clara a estratégia;
- Desenvolver um posicionamento;
- Colaborar na criação das características da marca;
- Resumir o significado da marca;
- Criar uma estratégia de nomenclaturas/termos a usar;
- Desenvolver uma frase-chave (slogan);
- Resumir o conteúdo criativo da marca.
- Desenhar a identidade
- Projectar a identidade no futuro;
- Fazer o brainstorm de uma ideia central;
- Explorar aplicações da nova identidade;
- Obter aprovação da entidade.
- Criar pontos de contacto
- Finalizar o design da nova identidade;
- Desenvolver olook-and-feel(usabilidadevsaspecto);
- Preparar protecção de direitos de autor;
- Desenhar aplicações de design da nova identidade (testes de conceito);
- Aplicar a arquitectura da marca (design, formatos, estacionários, etc.).
- Gerir as características/qualidades
- Criar sinergias com a nova marca (produtos, comunicação, etc.);
- Desenvolver estratégia de lançamento de produtos;
- Lançamentos internos da nova marca;
- Lançamentos públicos (externos) da nova marca;
- Desenvolver standards;
- Realçar e criar enfoque nos aspectos (e resultados) mais positivos de todo o desenvolvimento.
Esta checklist deve servir para lembrar que o "branding" é muito mais do que um mero logótipo, jogo de cores ou estilo de letra.
Como em tantos outros processos, a sua adopção não é garantia de sucesso, mas a inobservância de alguns princípios básicos nela contidos é, muito provavelmente, garantia de insucesso.
Manter sempre presente: ética/integridade - estratégia/planeamento - acção/comunicação.
Fontes: LogoDesignLove | @issue | David Airey (blog)
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Smartphones e comércio online
Os smartphones não só estão a revolucionar o modo como as pessoas encontram empresas ou lojas mas estão também a transformar o comportamento dos clientes dentro das suas quatro paredes. De acordo com InsightExpress, 53% dos homens e 38% das mulheres afirmam usar aplicações de comparação de preços dos smartphones no interior das lojas para confrontar com os da concorrência. Esta fórmula altamente disruptiva obrigará o mercado a uma adaptação, e os lojistas não terão escolha senão reagir a este fenómeno que transforma as suas lojas tradicionais em salas de exposição onde os clientes avaliam os produtos para posteriormente adquiri-los on-line pelo melhor preço.
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Comunicação política
A não perder na Quinta-feira este debate organizado pelo Instituto Amaro da Costa sobre sobre as boas práticas nas relações entre a Política e a Comunicação Social, com a presença de Carlos Magno, Presidente da Direcção Executiva da ERC e Joaquim Vieira Presidente do Observatório da Imprensa.
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Já existem fusões de 'social media'!
Já aqui falámos de muitas plataformas de social media e o seu crescimento. A velocidade com que algumas plataformas atingem a maturidade é incrível e, talvez por isso, começam a existir modelos que são, clara e explicitamente, fusões (ou, como se diz no calão técnico, "mash-ups") de plataformas sociais.
Exemplo nº.1: Pinstagram = Pinterest + Instagram.
A ideia é simples: afixar fotos estilizadas acessíveis o grupo de ligações e toda a população da plataforma.
Se a parte de "afixar" faz parte do Pinterest, já a parte das "fotos estilizadas" faz parte do Instagram.
A moda vai pegar... como já tanto se viu no passado, de uma forma mais ou menos explícita, "tudo já está inventado", todos os ingredientes já existem e são conhecidos... terão maior sucesso os que conseguirem a mescla mais saborosa, que mais prazer der a quem consome (o conceito de user experience está sempre lá).
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Na vanguarda da comunicação - Peter Gabriel
Peter Gabriel, que estará entre nós no próximo dia 7 no festival Super Bock Super Rock, foi dos primeiros músicos a apostar numa plataforma integrada de comunicação web, tendo desse modo o artista no final dos anos noventa consolidado a sua autonomia de intermediações desnecessárias. Então já com editora própria, a Real World, este artista multifacetado e pioneiro já exibia um sítio dinâmico com notícias diárias, vídeo-notícias, radio-online, galeria fotográfica, página de fórum, loja online com edições especiais, raridades e venda de bilhetes para os espectáculos.
De facto, Peter Gabriel, para lá de uma lenda viva da música contemporânea, não sendo o clássico “comunicador nato” é sem dúvida um fenómeno de “comunicação inteligente”, tanto em cima do palco como na gestão da sua carreira. Em ambos os planos, tudo é premeditado e trabalhado ao mais singelo detalhe desde o início da sua carreira nos Genesis: a prestação da banda e a pantomima do vocalista seguia um guião dum rigor impressionante, um conceito vanguardista de "espectáculo total" em que a música é ilustrada não só por aparatosos efeitos visuais, mas por surpreendentes elementos cénicos e teatrais. A mística criada à volta desses concertos subiu de patamar na sua carreira a solo. Então, e durante mais de uma década, a imagem publicada de Gabriel era limitada a uns quantos ensaios de distorção fotográfica, que pouco revelavam do artista, uma estratégia que fomentava o enigma, a desvendar em esplendor nos concertos ao vivo milimetricamente encenados, através da sua voz impar, das suas histórias e canções. Não admira que boa parte delas abordem o tema e as consequências da (falta) de comunicação entre as pessoas.
Uma lenda constrói-se principalmente através do Dom que o artista possui, mas tal não é possível sem uma boa gestão de imagem e relações públicas. Se não for através duma morte trágica e prematura, a única forma de um bom artista se afirmar e sobreviver é com boa estratégia de comunicação. Essa história do artista incompreendido e isolado do mundo passando fome, é um mito veiculado pela moda e pelos marchands.