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Um blogue sobre comunicação inteligente
A publicidade e a crise na comunicação social
(...) A publicidade segue o caminho de sites como a Amazon, que sugere compras de acordo com o perfil de consultas e compras anteriores. Todavia, não é a mesma coisa que a publicidade quanto ao carácter social intrínseco desta. A publicidade deixa de agir como os próprios conteúdos informativos, que continuam a ser destinados a todos os que os contactam e passa a apresentar-se como uma mensagem pessoal.
A perda de publicidade pelos media tradicionais também se poderá acentuar pelo escolha de meios de acesso alternativos. Por exemplo, apesar de aumentar na Internet o número de leitores de notícias de alguns dos maiores jornais norte-americanos, diminuiu em 3% num ano o acesso através das respectivas homepages: o contacto e leitura faz-se através de redes sociais e outras formas de comunicação, como o e-mail.
Será que, numa evolução semelhante, avançaremos para notícias à medida do receptor e que cada um receberá uma homepage diferente do New York Times ou do Jornal de Negócios? Onde estará então a autoridade dos media em hierarquizar as notícias segunda a sua importância jornalística e em apresentá-las na sua globalidade a toda a audiência? Para onde caminhará o agenda-setting? São questões para o jornalismo. (...)
Eduardo Cintra Torres, - Jornal de Negócios aqui na integra
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Propaganda e poder
Ironia nestes tempos de tecnologia e falência de jornais é o poder que mantém uma manchete assertiva exposta num escaparate de quiosque.
Foto Instagram
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O Google e o futuro dos media
Compreende-se bem a preocupação manifestada recentemente por Pinto Balsemão na conferência “Media e Futuro" 2012 com a “tempestade perfeita” que se vem abatendo sobre os grupos de comunicação social com a crise económica a juntar-se ao choque das inovações tecnológicas e novas tendências de consumo “media”. É de resto perturbador para qualquer espirito democrático a falta de perspectivas e de soluções de viabilidade para uma imprensa verdadeiramente independente e interventiva.
Parece-me no entanto um contra-senso a tese defendida na conferência (de resto em estudo nalguns países europeus) de obrigar os agregadores de conteúdos (a empresa Google, por exemplo) a pagar royalties sobre os conteúdos indexados para pesquisa. Isto quando o objectivo dos meios deveria ser o de maximizar esse mesmo potencial, de modo que as notícias publicadas por si ganhem mais preponderância, e se multipliquem as visitas à sua plataforma, com a consequente valorização das suas receitas publicitárias.
Acontece que o grande sucesso do motor de pesquisa Google está no seu complexo algoritmo, profundamente democrático e transparente, porque exclusivamente indexado à necessidade e proveito do utilizador. De resto estou convencido que a marca sobreviverá bem sem as notícias do Expresso ou os vídeos da SIC. É um péssimo sintoma quando os modelos de negócio confrontados com a decadência pretendem sobreviver de subsídios do Estado… ou à custa do sucesso alheio. Não querem ir ao fundo sozinhos.
Não confundamos as coisas: a praga da pirataria de conteúdos na internet em nada tem a ver com os motores de busca; é antes uma questão legal, cultural, e de pedagogia. Por último, o Dr. Balsemão poderá informar-se no seu departamento de TI como é simples vedar os conteúdos produzidos pelos seus meios à indexação dos motores de busca. Veremos é se isso não é o passo definitivo para o abismo.
Imagem: Expresso
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Marcas que marcam - His Master's Voice
His Master's Voice ou “A voz do dono” em português, é uma das mais afamadas marcas da indústria de reprodução e gravação e sonora do século XX, tendo-se distinguido em grande medida devido ao seu inconfundível rótulo, um cão atento espreitando para a campânula dum gramofone, uma pintura da autoria de Francis Barraud.
A história que dá origem a este caso de sucesso é bem curiosa e até comovente. Com morte do irmão Mark, o pintor herdou não só o seu fonógrafo como um fox terrier, Nipper. Certo dia quando Francis escutava gravações da voz do seu irmão, o cachorro colocou-se atento junto ao cone do aparelho, reacção que o Francis decidiu perpetuar numa tela. Inicialmente a pintura apresentava um fonógrafo de cilindros, que o pintor inglês tentou, sem sucesso, vender a Thomas Edison para as suas campanhas comerciais.
Perante a recusa, o pintor substituiu o fonógrafo por um gramofone, mecanismo concorrente que então dava os primeiros passos (leitura de discos), e em 1899 vendeu a pintura à empresa britânica The Gramophone Company que a partir de então utilizou em diversas campanhas e com muitas adaptações. Os direitos da célebre imagem foram concedidas para utilização nos EUA à marca Victor Talking Machine Company de Emile Berliner o inventor do gramofone e parceiro amercicano da companhia inglesa.
Em 1920 foi atribuída ao pintor uma pensão anual de 250 libras como reconhecimento da importância que a sua criação teve na promoção dos gramofones em todo o mundo.
Fontes: Wikipédia e “ Fonógrafos e Gramofones” de Luís Cangueiro.