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Como destruir uma marca

Quinta-feira, 27.02.20

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O anunciado novo “rebranding” da marca CTT em que desaparece o clássico cavalo, cinco anos depois de ter despendido milhares de euros numa outra ´parece-me uma aberração. É exemplo acabado da vertigem parola com que em Portugal, quando não se sabe mais o que fazer, se finge começar tudo do zero para parecer moderno e eficiente ou associar a ilusão a uma determinada “geração espontânea”. Acontece que uma identidade é essencialmente uma construção que requer tempo, e é a antiguidade que confere confiança (o valor mais precioso), seja às instituições ou às empresas. Uma marca com quinhentos anos só tem a ganhar em exibir um símbolo que remeta para a sua História. Este aparente delírio, que irá custar uma pipa de massa em montras, vinis e estacionário, é justificado pela gestão dos CTT com a pretensão de que deixando cair o cavalinho, o público percepcionará a diversificação de serviços em que a distribuição postal perde importância. Enganam-se: a empresa vai gastar uma pipa de massa apenas para prescindir duma mensagem de confiança. De resto não me venham dizer que o problema está na privatização do negócio: é mesmo fruto da endémica saloiice do país, que de refundação em refundação, a única coisa que tem conseguido preservar é a mediocridade.

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publicado por João Távora às 17:44





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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