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Um blogue sobre comunicação inteligente
O modelo de negócio e a liberdade de imprensa
A precariedade do actual modelo de negócio da imprensa “tradicional”, ainda justamente apelidada como "O Quinto Poder", ameaça e compromete um jornalismo independente dos interesses e seus "jogadores". Enquanto a publicidade na Internet não for rentável, e a prenunciada revolução dos Tablets não se tornar uma realidade, a situação tenderá a degradar-se. Porque só uma verdadeira insubmissão económica concede aos Meios uma linha editorial verdadeiramente livre e criteriosa, que implica pagar o devido valor a profissionais em quantidade e qualidade, criticamente atentos a uma realidade política tão dinâmica quanto complexa.
É neste contexto ganham poder as grandes agências de comunicação que ocupam o espaço deixado vago, e assumem o papel promovendo nas redacções leituras em defesa dos seus clientes ou leiloando escândalos dos seus adversários. Sejamos claros: se por um lado é do mais elementar bom senso o investimento numa gestão profissionalizada da imagem e reputação de qualquer agente social, torna-se cada vez mais premente uma autêntica independência dos meios face aos “actores”, para que se defendam duma relação viciosa. Mas se com isto a democracia e a liberdade de expressão são os primeiros valores ameaçados, a seguir são lesadas as próprias agências de comunicação na sua diversidade, sufocadas no mercado pelos grandes potentados e monopólios, remunerados que são pelos poderosos, sejam eles os grandes partidos políticos, bancos ou empresas na alçada estatal. Um jornalismo independente significa também a promoção da diversidade e sã concorrência, até nas imprescindíveis agências de comunicação.
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Assessoria de Imprensa e comunicação integrada
(...) Não é diferente, ou não deve ser, o trabalho de uma agência e o trabalho de um assessor “directo”. A relação pessoal de proximidade é a chave para o sucesso tanto num caso como no outro. Ou seja, o trabalho da agência junto do cliente deverá assentar numa relação de proximidade equivalente, caso contrário, será um fracasso. Por isso defendo que o assessor de imprensa tradicional “morreu”. Hoje, é impossível exercer um bom papel de assessor de imprensa sem um conjunto de valências em áreas conexas e isso é praticamente impossível a solo. Mas essa é outra discussão.
Fernando Moreira de Sá - Albergue Espanhol