A realidade não existe.
O que existe é a nossa observação dela, o nosso ponto de vista, o nosso plano de focagem.
É assim que construimos a nossa interpretação da realidade.
Até há pouco tempo, esta analogia era uma verdade incontornável para quem usa uma câmara fotográfica.
Um novo conceito é-nos apresentado e oferecido pela pequena máquina Lytro, capaz de retirar informação cor, intensidade e direcção da luz reflectida em todo o espaço (ou perto disso) que está visível no campo de visão aquando da obturação; ao contrário das câmaras convencionais, que apenas retiram a informação estática no plano de focagem, a Lytro consegue retirar muito mais informação, para posterior interpretação e tratamento (a máquina gera um ficheiro LFP = Light Field Picture File, em vez do convencional JPEG = Joint Picture Expert Group File).
Resultado imediato: depois de tirar uma foto, pode-se focá-la em planos diferentes, de acordo com a preferência do fotógrafo; uma foto tirada com a Lytro pode ser reutilizada múltiplas vezes de acordo com o plano seleccionado, dado que a foto contem, em si, toda essa informação.
Neste momento, a plataforma de exportação/edição para Windows ainda está em desenvolvimento e apenas existe a plataforma para Mac.
Lição a tirar (transpondo novamente para o nosso quotidiano):
Retirar primeiro o máximo de informação, para posterior tomada de decisão sobre o plano de focagem.
Em Portugal, ao contrário de nos Estados Unidos da América, não somos muito dados à publicidade comparativa/competitiva, apesar de já haver enquadramento legal para tal há alguns anos.
Imagens como esta seriam altamente improvável de ver por cá:
Por cá, também se "veste a camisola" das marcas e produtos da nossa preferência, mas consideramos deselegante a comparação directa com a concorrência quando se fala em publicidade.
No entanto, esta competição/comparação está permanentemente presente, de forma explícita ou implícita, pelo que a simples identificação de uma marca nos leva imediatamente a aceitar ou a rejeitar o seu conteúdo.
Jogando com esta associação visual, o romeno Stefan Asafti desenvolveu um projecto gráfico que mistura/confunde propositamente marcas (e seus slogans) como se de conversações se tratassem.
Nas suas palavras: "É surpreendente o quanto os logótipos podem influenciar outros logótipos. A verdade é que cada par de rivais tem algo em comum, e também tem algo que permite construir uma identidade única e distinta face ao concorrente (...)."
Ficam três exemplos do projecto "Brandversations".
Coca-Cola vs Pepsi:
McDonald's vs Burger King:
Windows vs Apple:
Assim sendo, qual é a sua preferência visual?
E quais são as marcas que têm vencido repetidamente a "guerra"?
Fontes: Béhance Network | Google Images
Numa altura em que é dono e senhor de uma das empresas mais valiosas do planeta, Mark Zuckerberg vai aproveitar o hype do Facebook para lançar uma OPV ("Oferta Pública de Venda" ou, em Inglês, IPO = "Initial Public Offering") que pode valorizar a sua empresa entre os 75 e 100 mil milhões de dólares.
Surge, imediatamente, a comparação com a Google, cuja oferta em 2004 gerou 1,9 mil milhões de dólares para uma empresa que estava valorizada em 23 mil milhões. As acções da Google subiram, desde essa altura, dos $109.07 para os $609.85 de hoje de manhã, o que corresponde a uma valorização de $500.78, ou 462.36%.
Com este cenário e aliando aos factos que o Facebook lucrou cerca de mil milhões de dólares no ano de 2011 para uma facturação aproximada de 4 mil milhões, parece interessante o investimento.
Interessante é, no mínimo.
Mas... interessante para quem?
Em primeiro lugar, muitíssimo interessante para Mark Zuckerberg, dono de 28% das acções...
Em segundo lugar, para bancos como Morgan Stanley, Chase, JP Morgan, Goldman Sachs, que se estima virão a lucrar uns "meros" 100 milhões de dólares em comissões das operações dos seus clientes.
Em terceiro lugar, colaboradores e ex-colaboradores que cederam propriedade intelectual e/ou prestaram serviços ao Facebook em troca de acções da empresa nos últimos 5~8 anos. A esperada valorização imediata fará de alguns milionários.
Para o investidor particular, e após as transacções iniciais em que o público em geral terá pouco acesso (e onde está o "dinheiro grosso"), as acções estarão em bolsa como outras.
Será, então, o momento ideal para "entrar no jogo"?
Não.
Sendo impossível fazer futurologia, há vários indicadores que dizem que o crescimento exponencial (ou, como dizem os americanos, "em forma de hockey-stick") já passou. O crescimento tenderá a linear, se tanto, com tendência a estagnar.
Alguns indicadores:
Resumindo numa frase o perigoso que é o investimento, diriamos:
"Investir no Facebook é misturar negócios com prazer!"
Nota: na notação americana, não existe a designação de "mil milhões" mas sim de "um bilião" (1 x 10^9 = 1,000,000,000); na notação europeia, a designação de "um bilião" corresponde a "um milhão de milhões" (1 x 10^12 = 1,000,000,000,000).
Fontes: C-net | Forbes | Motley Fool
Com o hype do social media, vários nomes emergiram como plataformas que permitem que conteúdos pessoais sejam guardados e partilhados online (com critério e perfil de acesso), sejam eles textos, imagens, vídeos, notícias e/ou ficheiros.
Desde o início da boom da Internet, e para além de sites institucionais de entidades ou empresas, bem como das publicações oficiais de jornais e revistas, depressa proliferaram, numa primeira fase, os fóruns de discussão, numa segunda fase, os blogues e, mais recentemente, as plataformas de social media (em boa verdade, os fóruns, os blogues e até as wikis se enquadram na definição de social media), como os conhecidos Twitter, Facebook ou Google+, mas também o LinkedIn, Flickr, StumbleUpon, Picasa, Blogger, Hulu, Plaxo, Hi5, Wordpress, Quora, Tumblr, Digg, Orkut e até a Wikipedia ou Wikileaks.
Mas, nesta fase da Web 2.0, consideram-se social media as plataformas que permitem a transformação de comunicação em diálogo interactivo, num contexto de Internet, baseado em conteúdos gerados por utilizadores, sejam estes pessoas ou entidades.
Assim sendo, quantas plataformas de social media há?
Depois de meses de informação e contra-informação, a Apple levanta hoje finalmente o véu sobre o novo produto da marca. Os mentideros afiançam que estaremos perante um novo modelo de iPhone, o quinto da sua geração, que deverá incluir um telefone de quarta geração, com design diferente e com mais memória de trabalho, processador duplo e ecrã de alta resolução de oito mega pixels.
Mais do que a apresentação de um novo modelo, a conferência de imprensa em Cupertino, Califórnia, marca a estreia de Tim Cook como presidente executivo da empresa. E será isso, seguramente, que irá definir os mercados da área nos próximos tempos.
A transição de Steve Jobs para Tim Cook foi pacífica neste campo e a Apple segurou-seem bolsa. Nada fará por isso antever que algo de diferente se poderá passar. A Apple criou um leque de fiéis e de fãs e, paulatinamente, vai dominando o mercado. Acredito, por isso, que continuará em boas mãos com Tim Cook.
Chama-se TouchPad, o aparelho da HP, o maior fabricante de computadores do mundo, que assim entra para a corrida dos Tablets ostentando para além dum processador de 1,2Ghz, capacidade de armazenamento de 16 ou 32GB, câmara frontal, resolução de 1024 por 768 pixels, ligação USB e possibilidade de conectividade 3G, um ecrã de e 9,7 polegadas tal como o iPad. Mas aquilo que verdadeiramente surpreende é a opção da marca por um sistema operativo próprio, o WebOS e que irá concorrer com os já implantados da Apple e do Google. Os programadores, a quem cumprirá a tarefa de compatibilizar tecnologicamente as aplicações criadas, esfregam as mãos pela proliferação de sistemas em despique!
Por seu turno a Nokia, parece querer recuperar tempo e quota perdida no mercado da internet móvel anunciando uma aliança com o gigante da Microsoft. Uma aposta em grande, que peca por tardia.
Para todos aqueles que já fazem compras na Amazon, chegou uma forma de o fazerem de forma ainda mais simples: a aplicação Windowshop para iPad. Tirando partido do tamanho generoso do écran do tablet da Apple, o utilizador pode "folhear" por um catálogo interactivo, ler as opiniões de outros clientes e, claro, encomendar produtos. Tudo numa experiência fluída e fácil.
Cabe aos líderes mostrar o caminho e, de facto, a Amazon mostra aqui como é possível criar proximidade com o consumidor. Será interessante acompanhar evoluções futuras desta aplicação para iPad. Já é possível ouvir excertos de áudio, ver vídeos de amostra de DVDs. Fica a pergunta: quando é que poderemos folhear as primeiras páginas de um livro ou de uma revista? Nesse ponto, muitos de nós vamos temer pelo nosso orçamento!
Sem sombra de dúvida, é por aqui que vai seguir o comércio electrónico: proximidade, conveniência e competitividade.