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Direito ao esquecimento?

Quinta-feira, 26.06.14

 

Numa inédita resposta a um pedido de esclarecimento da Audiência Nacional espanhola, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que os cidadãos europeus têm o direito de exigir ao motor de busca Google que suprima indexações de determinadas “páginas” por forma a garantir o “direito ao esquecimento”, nos casos em que o interesse privado se sobreponha ao interesse público, ou seja sobre informações "desadequadas, irrelevantes ou já não relevantes". O caso vertente refere-se a um cidadão espanhol que exige ver uma notícia sobre uma sua antiga dívida à Segurança Social publicada no La Vanguardia eliminada das pesquisas no Google. Repare-se como o queixoso não pretende negar os factos, nem exige ao jornal rever, ou que se elimine o conteúdo publicado, apenas impedir o acesso à publicação via internet. Por ironia, contrariamente ao que é habitual, desta vez a culpa da má notícia não está a ser imputada ao mensageiro, mas à sua bicicleta. 

Segundo fonte anónima da Google, na sequência deste precedente surgiram inúmeros pedidos de gente que deseja o mesmo tratamento por parte do motor de busca, e que entre essas pessoas estão "um antigo político que está numa corrida eleitoral", "um homem condenado por posse de imagens com abusos sexuais a crianças" e "um médico que quer ver removidas as críticas negativas dos seus doentes".
Perante isto somos levados a concluir que os argumentos do Tribunal de Justiça da União Europeia denotam um profundo desprezo pela liberdade de expressão e de informação. Ora acontece que o tribunal afirma que “os desejos de um indivíduo sobrepõem-se aos interesses da sociedade em relação aos factos que rodeiam um incidente". Os interesses de uma sociedade estão neste caso espelhados numa plataforma tecnológica apuradíssima que, de forma eficiente e neutra, permite o acesso a todos os conteúdos publicados na Internet através de um algoritmo que equaciona a relevância do mesmo em face de uma pesquiza específica (palavras-chave). Ora acontece que manipular, por decisão judicial, estes princípios perverte e põe em causa todo o sistema.
Como consultores de comunicação, é comum deparamo-nos com clientes que pretendiam ver a sua marca ou nome nos motores de busca dissociados de determinada notícia ou comentário menos abonatório. A fórmula por nós aconselhada é a de promover um trabalho planificado de assessoria de comunicação que promova a publicação de notícias de sinal contrário, não só pela imprensa, mas nas mais adequadas plataformas de Internet. Trata-se de um processo de construção gradual mas, se construído com seriedade e com base em informação genuína, acaba por retirar protagonismo e relevância ao conteúdo “maligno”, afundando-o em termos da sua pesquisa para um posicionamento de total insignificância e relatividade face aos restantes.
De resto, como é bom de ver perante os factos profusamente noticiados, a consequência deste processo acabou por virar o feitiço contra o feiticeiro: o assunto que Mario Costeja González pretendia ver ocultado ao público, tornou-se um massivamente propagandeado em todo o mundo - quem não soubesse sabe agora que ele teve um dia problemas com uma antiga dívida à Segurança Social noticiada pelo jornal La Vanguardia.  Moral da história: só uma assessoria mediática profissional permite gerir de forma eficiente e criteriosa a reputação de uma marca ou de uma empresa e aliar o posicionamento adequado à notoriedade desejada. Enfim, hoje como ontem, a reputação e a notoriedade requerem bons mediadores. Estamos a falar de activos pessoais e institucionais  demasiado sérios para ficarem nas mãos de amadores. 

 

Fonte da notícia Público

Foto Daily Mail

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publicado por João Távora às 20:07

Qual a força da comunicação social?

Quinta-feira, 31.05.12

 

Certo é que Passos Coelho ao ter segurado o seu amigo Miguel Relvas comprou ontem no Parlamento uma guerra com o "Público" e com o Grupo Impresa em simultâneo, fardo no entanto bem menos pesado do que o de Cavaco Silva que, apesar duma proverbial má imprensa e “sem ler jornais”, ganhou duas maiorias absolutas e dois mandatos presidenciais.  

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publicado por João Távora às 12:23

Miguel Relvas e o jornal Público

Quinta-feira, 24.05.12

  

 

Os esclarecimentos de Miguel Relvas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social não chegam para explicar algo de muito importante em todo este “caso” com o Público: como é que o líder do gabinete governamental responsável pela comunicação social, tão experiente no relacionamento com os média cai numa esparrela destas. Não me custando a acreditar nas explicações do ministro, certo é que alguma coisa correu muito mal nesta história toda: este foi um acontecimento que infringiu pesadas perdas de reputação, não só ao seu gabinete, mas a todo um governo vergado na hercúlea tarefa de executar um impopular e doloroso programa de resgate financeiro no País. Miguel Relvas conhece melhor do que ninguém as regras do jogo, os jornalistas que temos e as sensibilidades imperantes na comunicação social. E contra factos não há lamentos: falhado parece o pescador que não gosta do mar.

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publicado por João Távora às 15:57

A forma e o conteúdo

Sexta-feira, 08.04.11
 

Pacheco Pereira sintetizava recentemente na Quadratura do Circulo com um pessimismo cortante o drama do impasse português que as eleições não resolvem: a convergência duma incapacidade endógena para a mudança, com a submissão da política à lógica mediática, refém de artifícios comunicacionais em detrimento dos atributos substantivos. Em defesa das disciplinas do Marketing e da Comunicação de que sou profissional e aficionado, simultaneamente endeusadas e diabolizadas, convém afiançar que por mais sofisticadas que forem as estratégias ou técnicas aplicadas, o sucesso da propaganda dependerá inevitavelmente da qualidade substantiva do “produto” ou protagonista. Sendo verdade que uma boa estratégia de comunicação opera milagres na percepção pública duma mensagem, a longo termo, a mentira em confronto com a essência, tem sempre as pernas curtas. Como profissional comunicação sei muito bem que antes da imagem está a substância, elemento preponderante para o sucesso de qualquer acção. Citando Kant de memória, “as formas sem conteúdos são vazias e os conteúdos sem formas são cegos”.

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publicado por João Távora às 17:13

Assessoria de Imprensa e comunicação integrada

Quinta-feira, 06.01.11

 

(...) Não é diferente, ou não deve ser, o trabalho de uma agência e o trabalho de um assessor “directo”. A relação pessoal de proximidade é a chave para o sucesso tanto num caso como no outro. Ou seja, o trabalho da agência junto do cliente deverá assentar numa relação de proximidade equivalente, caso contrário, será um fracasso. Por isso defendo que o assessor de imprensa tradicional “morreu”. Hoje, é impossível exercer um bom papel de assessor de imprensa sem um conjunto de valências em áreas conexas e isso é praticamente impossível a solo. Mas essa é outra discussão.

 

Fernando Moreira de Sá - Albergue Espanhol

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publicado por João Távora às 19:14

Ler os outros

Segunda-feira, 13.12.10

(...) Tal como os dinossauros, (o assessor de imprensa) extinguiu-se. Quer dizer, está prestes a extinguir-se. O motivo? O surgimento de uma espécie mais evoluída e adaptada à nova realidade, o Consultor de Comunicação.

O Consultor faz exactamente o mesmo que fazia o Assessor de Imprensa mas acresce a coordenação das campanhas de marketing, a estratégia comunicacional global da organização e a supervisão das chamadas Relações Públicas. Sem esquecer a velha e temível “Gestão de crises” e um domínio dos novos instrumentos de comunicação 2.0

É um verdadeiro “Processo de Comunicação Integrado” ou de comunicação global. O tempo do assessor de imprensa que se limitava a intermediar entre a instituição que representava e os diferentes órgãos de comunicação social e pelo caminho fazia umas jantaradas (fossem no Pabe ou no Pajú) com jornalistas foi chão que deu uvas. E o tempo não volta para trás.

Nos tempos que correm, nesta dRS, dificilmente se concebe a existência de um assessor de imprensa nem tão pouco se pode acreditar que uma só pessoa, sozinha, consiga tocar todos os instrumentos de uma orquestra. Pode existir um, um “special one”, mas é tão raro e tão único que já está tomado. Por isso mesmo, existem as empresas de comunicação, as consultoras, com diferentes equipas especializadas e que podem prestar um verdadeiro serviço completo, chave na mão.

A Comunicação mudou. O Mundo mudou.

 

Fernando Moreira de Sá, retirado daqui

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publicado por João Távora às 12:46

Nenad Pacek em Lisboa com a Sinapse Media

Quinta-feira, 02.12.10

 

A Sinapse Media é a agência escolhida para a promoção e assessoria de imprensa do workshop de Nenad Pacek em Lisboa no próximo dia 15 de Dezembro. A conferência decorrerá no Hotel Pestana Palace e terá como tema a melhor forma de investir em mercados emergentes numa altura de crise, sendo destinada a empresários, administradores e altos quadros pertencentes às principais empresas nacionais. O orador é considerado pela Virgin Books como um dos 40 mais influentes opinion makers sobre economia e finanças a nível mundial e foi durante cerca de 20 anos vice-presidente da Economist Intelligence Unit (The Economist Group). Inscrições e informações detalhadas podem ser encontradas aqui.

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publicado por João Távora às 12:42





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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