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O nascimento (e a morte anunciada) do clickbait

Segunda-feira, 23.03.15

Em primeiro lugar, o que é o clickbait?
Trata-se de um método de marketing que tem o intuito de captar a atenção por via de uma frase, um título,  que apresenta parcialmente o conteúdo, mas apela à leitura do mesmo, criando suspense e uma atracção quase subliminar. Está, como se calcula, altamente associado a sites gratuitos (como o TáBonito, PTchan, BuzzFeed, ou mesmo o pioneiro Upworthy)

Este método de marketing confere (ou tenta conferir) uma grande importância, interesse ou relevância ao conteúdo, mas o que é facto é que raramente se dá o caso.

Exemplos:

  • Este homem estava a ser ofendido, mas a resposta dele deixou todos de boca aberta
  • As 5 regras de emagrecimento funcionam, mas a 6ª é que fez toda a diferença
  • Nunca irás acreditar quem é a pessoas por detrás deste projecto único 

Clickbait

 

Qual o objectivo do clickbait?
Simples… page views, page clicks, site rank, online ads. Todos estes sites são completamente gratuitos (embora "pejados" de publicidade), raramente têm uma equipa de redacção que ultrapasse as 2 pessoas (e que escreva algo que seja original ou, pelo menos, inédito), pelo que o único objectivo é a geração de receita via publicidade online, com a sua ciência, mas nada de transcendental ou muito elaborado.

Na verdade, a imprensa escrita também já faz isto há muito tempo, “convidando” os leitores a passarem da capa e das primeiras páginas para o resto da publicação, jornal, revista, ou outro formato; há até registos de clickbait tão antigos quanto 1922.

Em meados de 2014, o Facebook anunciou que iria combater o clickbait nos feeds de notícias mas, se o fez, os resultados práticos foram nulos ou imperceptíveis.

Em termos de mainstream de comunicação, é provável que o clickbait perca alguma expressão porque, de facto, todos os visados irão sentir (mais tarde ou mais cedo) que o mais notável é mesmo o suspense criado e que esse interesse gerado não é correspondido com o valor do conteúdo de desenvolvimento mas, sabendo que o target é o que é, o decréscimo há-de ser tão relevante quanto o da imprensa cor-de-rosa.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Hugo Salvado às 10:04





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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