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Instagram, sujeito a julgamento popular
Depois da alteração das condições e termos de utilização e da polémica que gerou, ficou claro que Mark Zuckerberg não dita as leis, por mais poderosas que sejam as plataformas de que é dono.
Os números dizem tudo, em 15 dias, o número de utilizadores activos do Instagram baixou de 16,3 milhões para 7,6 milhões.
Lição aprendida?
Fonte: The Register / AppStats
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Instragram, dono e senhor dos conteúdos
Foi no início de Setembro que o Instragram (plataforma) foi adquirido pela Facebook (empresa) de Mark Zuckerberg, por cerca de 700 milhões dólares, e, naquela altura, não se notaram alterações no funcionamento da plataforma de partilha social de fotos.
Mas, no início de Dezembro, começaram a aparecer alguns rumores sobre a melhoria da interligação do Instagram com o Facebook e logo se começou a especular que, com toda a certeza, as alterações não seriam apenas de âmbito visual ou ao nível de funcionalidades.
As suspeitas confirmaram-se à cerca de uma semana, com a publicação nas novas condições de utilização do Instagram, onde podemos destacar:
- Os conteúdos publicados no Instagramsão passíveis de serem disponibilizados no Facebook, outros produtos da empresa, parceiros e patrocinadores - esta situação abre espaço para situações em que uma foto de um qualquer utilizador possa ser usado para fins comerciais, anúncios e publicidade incluídos, de qualquer entidade detida pela Facebook (empresa);
- Os menores não estão sujeitos a qualquer tipo de excepção - o facto de os utilizadores poderem registar-se com 13 anos não é impeditivo do uso das imagens; as condições de utilização informam que o seu consentimento implica o conhecimento das publicações por um maior de idade;
- A publicidade (e serviços pagos associados) pode não estar identificada como tal - isto quer dizer que será fácil e comum confundir-se publicidade com posts de pessoas "amigas";
- Existe uma forma de não aceitar as novas condições: apagar a conta.
As alterações, consideradas unanimemente altamente intrusivas, transformam a Facebook (empresa) na maior agência de fotografias do planeta, com os mais de 100 mil "fotógrafos" (leia-se "utilizadores") com o seu catálogo disponível.
Já na semana do Natal, a debandada começou... milhares de utilizadores começaram a fechar as suas contas de Instagram e a abrirem contas noutras plataformas, nomeadamente o Flickr e oShutterfly.
Hoje mesmo, o exemplo foi dado por Ryan Block (ex-Editor da Engadget e co-fundador da Gdgt) que, de uma vez, fechou as suas contas de Facebook e Instagram.
Como diz o ditado (ou quase): "Ano novo, vida (virtual) nova."
No caso destas alterações, elas entram em vigor no dia 19 de Janeiro de 2013, pelo que se recomenda a revisão atenta da presença nestas plataformas.
Fontes: Instagram (termos e condições) | New York Times | Sapo | Forbes | Fox News.
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O plágio e a falta de vergonha
A facilidade de acesso e o imediatismo da publicação de conteúdos proporcionado pelas Redes Sociais, sejam blogs, Facebook ou outras plataformas, constituem factores que banalizaram desavergonhadamente o tráfico de conteúdos copiados da Internet, em prejuízo dos seus autores, profissionais ou não. Nestes tempos em que muitos órgãos de comunicação social, ou simplesmente criativos individuais, lutam pela sua sobrevivência, nada justifica a apropriação e divulgação do seu trabalho, um crime que considero repugnante. Servir-se, seja de dinheiro, dum texto, duma frase, dum desenho ou duma fotografia da autoria de outrem, é sempre um crime, às vezes com consequências inimagináveis. Pense bem antes de o fazer. No Facebook, nos Blogues ou em qualquer outra plataforma, nada custa mencionar o autor, ou pelo menos referenciar a fonte. É pedir muito?