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Um blogue sobre comunicação inteligente
Esse último ponto é o nosso trabalho
Pode a Google influenciar os resultados de uma eleição? Consultada a Sinapse Media pela jornalista Valentina Marcelino na elaboração deste artigo do Diário de Notícias, demos o nosso parecer técnico. A Google tem uma fragilidade que é, ao mesmo tempo a sua grande virtude: oferece uma democracia em estado quase puro, o algoritmo privilegia a avaliação da experiência do visitante. A dinâmica das "respostas" dadas depende de como é feita a pesquisa e da "qualidade" dos conteúdos correspondentes. Esse último ponto é o nosso trabalho.
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Sites responsivos e os motores de busca
Há mais de quatro anos que aqui no blog alertamos para a importância dos sites serem desenvolvidos tendo em conta a compatibilidade com os diferentes dispositivos móveis cada vez mais vulgarizados. Se o algoritmo do Google já privilegiava o critério da “experiencia” do utilizador face à pesquiza efectuada, indirectamente essa questão tinha peso no posicionamento atribuído ao conteúdo na net. Agora, o maior motor de busca do mundo anuncia no blog qua a próxima actualização do seu algoritmo terá em conta a origem da pesquisa, por forma a excluir dos seus resultados os sites cujo design não se adapte ao formato do dispositivo. Que não sejam criados com web design “responsivo”.
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Dia das Mentiras... criativo e útil
Hoje é dia 1 de Abril… cuidado com as “petas” e “trapaças”!
Mas note-se, também há quem tenha tido o bom humor de nos proporcionar diversão gratuita no Rossio e Baixa de Lisboa, desde a Av. dos Aliados até à Torre dos Clérigos, nas ruas da aldeia mais portuguesa de Portugal, Monsanto, ou mesmo à volta da Sinapse Media (ou outro sítio qualquer no planeta)… o PacMan está no Google Maps:
https://www.google.pt/maps/@
Já agora, para também enviar informação realmente útil – e não apenas lúdica – aqui vai um site que serve para enviar uma pesquisa particular/específica; várias vezes, deparamos com colegas e amigos que têm dificuldades em encontrar no Google algo específico, que possa precisar de aspas ou switches.
Com este site, podemos enviar uma sintaxe de pesquisa, em vez de enviar um resultado único.
- Site: http://lmgtfy.com/ (let me google that for you!)
- Exemplo: http://lmgtfy.com/?q="great+marketing+content"+-advertising+tutorial
Tenham um óptimo Dia das Mentiras!
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Big Data e os seus estudantes
O social media conta, em grande parte, com a projecção do ego que cada um faz de si mesmo.
Mas, para os donos da(s) plataforma(s), há uma enorme quantidade de informação que circula e é veiculada e, se bem analisada e interpretada, traz grande valor.
Já falámos sobre esta transferência de informação pessoal que autorizamos, mais ou menos conscientemente, quando falámos em perfis-sombra.
De um modo simples, chamamos Big Data a grandes quantidades de dados não tratados, sobre os quais se fazem estudos (ou "analytics") para se tirarem padrões, estatísticas, dados globais que sirvam para retirar informação sobre populações (de pessoas ou não) e suas características e comportamentos comuns.
Para além do que naturalmente preenchemos no nosso Facebook, a empresa está sempre interessada - bem como os seus parceiros comerciais - em saber mais, não para nos conhecer melhor (de uma forma desinteressada), mas porque o seu modelo de negócio - e de gestão/venda de publicidade, em particular - incide fortemente em adaptar conteúdos que sejam vocacionados para os nossos interesses, enquanto público.
Desde há muito que as organizações empresariais recolhem dados e os arquivam (exemplo: comércio, organismos e entidades oficiais) mas, embora registem, não estudam informação que não seja individual (exemplo: o valor e data/hora da compra, os dados do pagamento e do comprador, etc.).
Até há pouco tempo, os dados eram só usados de um indivíduo para esse mesmo indivíduo (os seus hábitos de compra, de comportamento, etc.) mas, hoje em dia, os estudos são muito mais avançados, mais transversais, mais populacionais, mais comportamentais e capazes de influirem em estratégias de marketing ou de produto.
As populações têm comportamentos comuns, característicos das pessoas que as compõem, e a Big Data "transpira" essa "dança de informação", tornando-a visível para quem tiver acesso e a observar.
Hoje, existem lojas de dados, "mastigados" e tratados, ou mesmo em bruto e "por mastigar". Seja o histórico do browser, a lista de pesquisas que se fez no Google ou Bing, a actividade que se tem no Facebook ou Twitter, sejam mesmo data warehouses empresariais de sistemas de informação de uso próprio/privado (por exemplo, o SAS), há quem recolha esses dados e os guarde, de forma mais ou menos anónima, com objectivos mais globais ou direccionados.
Há muito que a Amazon percebeu este facto e que nos faz sentir que nos conhece, a cada vez que andamos por lá. Mas, por cá, também o Continente tem tido uma grande atenção ao comportamento dos seus clientes (especialmente, os que usam o seu cartão de fidelização)...
É preciso ler e estudar muitos dados para se chegar a alguma conclusão e tomar alguma decisão mas, felizmente, só uma pequena parte dessa tarefa requer o olho humano.
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A taxa Google - deixem o mercado funcionar!
Este braço de ferro que alastra por diversos países da Europa entre os governos e os grupos de média contra o gigante Google a quem se exige pagamentos pela indexação de notícias parece algo caricato. Veja-se o que aconteceu aqui ao lado nas terras de nuestros hermanos: o governo de Rajoy, pressionado pela Associação de Editores de Jornais Espanhóis criou um pagamento conhecido por ‘taxa Google’ em que por cada conteúdo partilhado no Google News, mesmo que seja só o título da notícia, o gigante da informática teria que pagar à fonte. Como consequência, o fim do serviço foi anunciado pela Google espanhola, o que prenuncia incalculáveis prejuízos para os jornais do país vizinho, já que este do agregador de notícias constitui de longe o mais eficiente gerador de tráfego, que é aquilo que os meios necessitam para viver.
Repare-se nas movimentações dos burocratas de Bruxelas como Carlos Zorrinho (pessoa tão experimentada na vida empresarial e na criação de riqueza) a reclamar o retalhe do gigante americano em várias empresas ou na promoção de um motor de busca europeu que os consumidores não pediram.
A questão não estará antes em perceber o porquê da Europa se ter deixado ultrapassar em tantos sectores da economia e agir na raiz do problema? Porquê esta sede de intervencionismo no lugar da regulação? Porque não deixar o mercado funcionar, a receita responsável afinal pelo nascimento e crescimento do gigante mundial Google?
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Os novos adamastores
Ontem numa crónica publicada no jornal Expresso a ilustrar uma investigação jornalística sobre a alegada política de exclusão de links no Google “a pedido” no âmbito da questão recentemente levantada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia do pretenso “direito ao esquecimento”, o seu autor, Miguel Cadete, além de outros equívocos levanta suspeitas sobre a transparência utilizada na indexação de conteúdos daquele motor de busca. Vale-nos como desconto a declaração de interesses que o jornalista evoca ao assumir má vontade com a Google, companhia a que imputa responsabilidades na crise que “fustiga a imprensa há décadas”, com as conhecidas consequências no esforço de adaptação que vem exigindo ao sector.
Como apaixonado desta profissão que tenho como das mais nobres, conforta-me saber que os jornais perscrutam e vigiam toda a sorte de poderes e particularmente uma grande empresa como a Google. Sensível às angústias enunciadas pelo cronista, não posso concordar de todo com as suas crenças e julgamentos, certamente motivados pelo medo, um sentimento o mais das vezes inspirado pelo desconhecimento. Nesse sentido, convém esclarecer que o facto de o motor de busca Google “não ter praticamente concorrência”, como refere Miguel Cadete, se deve ao seu complexo algoritmo, exclusivamente indexado à necessidade e proveito do utilizador e não a qualquer tipo de manipulação obscura. Tal implica que, por exemplo, a sua independência face ao negócio da publicidade constitua um valor crucial e sagrado: os links patrocinados (AdWords), a tal publicidade que segundo o cronista significa “um dos maiores negócios do mundo” (!), aparecem graficamente distinguidos daqueles de indexação orgânica. Depois, agitar o papão duma hipotética utilização abusiva dos dados (interesses) que plataforma Gmail capta nos conteúdos das mensagens para exibição de publicidade “dedicada” (AdSense), parece-me uma falácia, já que a não intervenção humana, para lá de questões éticas, é a única garantia de rentabilização do sistema. Ou seja, o tratamento racional (humano) e sistemático da informação, utilizador a utilizador, requereria uma astronómica quantidade de meios. Não saberá por certo o autor da crónica que o navegador desenvolvido pela Google (Google Chrome) permite configurar o bloqueio de publicidade ou eliminar o registo do histórico de navegação, e que a georreferenciação do utilizador (um dado muito útil em determinadas pesquisas) é meramente opcional.
A maior ameaça ao jornalismo continua a ser o mau jornalismo (seja ele fruto de sectarismo, preconceito ou ignorância), e não deixam de se verificar diariamente lançamentos de novos e ambiciosos projectos de comunicação social que aproveitam as oportunidades concedidas pelas novas tecnologias. Os desafios que estes tempos da Internet colocam à imprensa e à comunicação social em geral, por mais ameaçadores que aparentem ser, têm que ser enfrentados com criatividade e pragmatismo. E quanto a uma regularização racional dos preços da publicidade online e offline, há certamente muito a mudar e reformar pelas partes interessadas, principalmente aquelas que se mantêm presas a arquétipos ultrapassados. Finalmente os motores de busca, como eficazes instrumentos de propagação de conteúdos digitais que são, deverão ser assumidos de uma vez por todas, não como uma ameaça aos jornais mas como uma oportunidade: o factor mais decisivo para uma relevante posição nas pesquisas é a qualidade do conteúdo e a interacção que o mesmo potencia com o leitor. Se eu fosse jornalista considerava tudo isto boas notícias.
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O Expresso diário, outra vez
Não sou de intrigas, mas causa alguma estranheza o facto do Expresso quase dois meses após o lançamento do seu vespertino diário em rede lhe ter dedicado no sábado em publicidade nada menos que a capa e a página 2 integrais do caderno principal (a artilharia pesadíssima). Como referi pela altura da sua estreia, este ambicioso projecto, que na sua arquitectura rejeita todas as virtualidades duma publicação digital, e ao contrário pretende reproduzir o modelo de leitura oposto, o de uma revista em papel, tem tudo para não dar certo. Esta fórmula que se afirma “elitista” e nesse sentido rejeita todas as tendências actuais, concede-lhes a contra-gosto apenas os mínimos possíveis. Para mais, o acesso através de alguns dispositivos em miniatura, com o preenchimento com os códigos de acesso fornecidos no semanário, revela-se um verdadeiro castigo ou até uma impossibilidade. Mas o mais importante factor será o de que a disponibilidade para a utilização recreativa da internet não tem hora marcada e que o modelo de navegação “horizontal” ao estilo do papel coaduna-se pouco com os hábitos de navegação na internet. Perante este panorama somos levados a crer que o projecto do Expresso diário, que aparenta ter constituído um grande investimento em recursos tecnológicos, deverá ser revisto para sobreviver.
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Direito ao esquecimento?
Numa inédita resposta a um pedido de esclarecimento da Audiência Nacional espanhola, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que os cidadãos europeus têm o direito de exigir ao motor de busca Google que suprima indexações de determinadas “páginas” por forma a garantir o “direito ao esquecimento”, nos casos em que o interesse privado se sobreponha ao interesse público, ou seja sobre informações "desadequadas, irrelevantes ou já não relevantes". O caso vertente refere-se a um cidadão espanhol que exige ver uma notícia sobre uma sua antiga dívida à Segurança Social publicada no La Vanguardia eliminada das pesquisas no Google. Repare-se como o queixoso não pretende negar os factos, nem exige ao jornal rever, ou que se elimine o conteúdo publicado, apenas impedir o acesso à publicação via internet. Por ironia, contrariamente ao que é habitual, desta vez a culpa da má notícia não está a ser imputada ao mensageiro, mas à sua bicicleta.
Segundo fonte anónima da Google, na sequência deste precedente surgiram inúmeros pedidos de gente que deseja o mesmo tratamento por parte do motor de busca, e que entre essas pessoas estão "um antigo político que está numa corrida eleitoral", "um homem condenado por posse de imagens com abusos sexuais a crianças" e "um médico que quer ver removidas as críticas negativas dos seus doentes".
Perante isto somos levados a concluir que os argumentos do Tribunal de Justiça da União Europeia denotam um profundo desprezo pela liberdade de expressão e de informação. Ora acontece que o tribunal afirma que “os desejos de um indivíduo sobrepõem-se aos interesses da sociedade em relação aos factos que rodeiam um incidente". Os interesses de uma sociedade estão neste caso espelhados numa plataforma tecnológica apuradíssima que, de forma eficiente e neutra, permite o acesso a todos os conteúdos publicados na Internet através de um algoritmo que equaciona a relevância do mesmo em face de uma pesquiza específica (palavras-chave). Ora acontece que manipular, por decisão judicial, estes princípios perverte e põe em causa todo o sistema.
Como consultores de comunicação, é comum deparamo-nos com clientes que pretendiam ver a sua marca ou nome nos motores de busca dissociados de determinada notícia ou comentário menos abonatório. A fórmula por nós aconselhada é a de promover um trabalho planificado de assessoria de comunicação que promova a publicação de notícias de sinal contrário, não só pela imprensa, mas nas mais adequadas plataformas de Internet. Trata-se de um processo de construção gradual mas, se construído com seriedade e com base em informação genuína, acaba por retirar protagonismo e relevância ao conteúdo “maligno”, afundando-o em termos da sua pesquisa para um posicionamento de total insignificância e relatividade face aos restantes.
De resto, como é bom de ver perante os factos profusamente noticiados, a consequência deste processo acabou por virar o feitiço contra o feiticeiro: o assunto que Mario Costeja González pretendia ver ocultado ao público, tornou-se um massivamente propagandeado em todo o mundo - quem não soubesse sabe agora que ele teve um dia problemas com uma antiga dívida à Segurança Social noticiada pelo jornal La Vanguardia. Moral da história: só uma assessoria mediática profissional permite gerir de forma eficiente e criteriosa a reputação de uma marca ou de uma empresa e aliar o posicionamento adequado à notoriedade desejada. Enfim, hoje como ontem, a reputação e a notoriedade requerem bons mediadores. Estamos a falar de activos pessoais e institucionais demasiado sérios para ficarem nas mãos de amadores.
Fonte da notícia Público
Foto Daily Mail
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O futuro da Internet e a sua venda
Em complemento ao post anterior, é mesmo real que o futuro da Internet encerra em si muita incerteza, porque o shift do paradigma da sua existência e utilização pode realmente acontecer.
Não, a Internet não é algo que possamos tomar como garantida no formato em que a conhecemos, é algo dinâmico, até a um nível físico da sua própria construção (cablagem, hardware e software de rede, etc.).Um exemplo é o facto de Mark Zuckerberg (Facebook) e a Google estarem a adquirir uma parte significativa da rede nos EUA.
Só esse facto quer dizer que a Internet de uso gratuito que hoje usamos pode transformar-se num conjunto de propriedades privadas e potencialmente taxáveis (intenção já revelada por Zuckerberg).
Tal como falámos ontem, a pergunta que fica é: estamos prontos?
Fonte: Gizmodo.
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Coca-Cola = 7X... e o algoritmo do Google?
Aquando do crescimento vertiginoso do interesse e popularidade da Coca-Cola, muitos se aventuraram a tentar descobrir a "fórmula mágica" da bebida ou, por outras palavras, uma "fórmula mágica" para o sucesso.
O criador da bebida, John Pemberton, tinha uma receita que incluia açucar, citrato de cafeína, extrato de baunilha, extracto fluído de coca, ácido cítrico, lima, caramelo, água e um ingrediente mistério, que teve o nome de 7X.
Quer naquele tempo, quer agora, o objectivo de qualquer marca mantém-se: ganhar visibilidade ao mesmo tempo que apresenta o seu produto.
Com o advento da Internet, as regras da visibilidade passaram a ter uma ligação directa com as listas de resultados das páginas de pesquisa (SERP) dos motores de busca.
Não será estranho o facto de que, hoje em dia, a "luta" seja travada por uma boa classificação nas páginas do Google (situação que se tornou tão óbvia que levou à criação do Adwords, que cria duas zonas pagas na página de resultados do Google).
Mas, se não falarmos de links pagos, como subir na relavância do Google?
Por outras palavras, qual é o algoritmo de classificação do Google?
O algoritmo criado por Larry Page (co-fundador do Google, com Sergey Brin) e conhecido como PageRank, tem mais do que 100 factores para criar uma ordem de relevância de endereços web face a uma ou mais palavras-chave que venha a ser escolhidas para pesquisa.
A relevância de um endereço, de uma página (e, consequentemente, de um site) tem muito a ver com a quantidade de links externos feitos para esse site, ou essa página em particular, sendo esse o factor principal de medida/ponderação, aliado a mais alguns factores comportamentais (como o tempo que, em média, um utilizador passa nessa página e se o mesmo utilizador interage, usando links ou forms existentes).
Assim, ainda que de uma forma simplista, podemos dizer que as palavras-chave - inseridas em textos/imagens atractivos que convidem à interacção (informação guardada em catálogo pelo Google) - e os factores que determinam o PageRank são o que define a classificação de uma página de resultados de pesquisa.
Os sistemas de catalogação (web robots, web crawlers ou bots) são máquinas que passam o tempo - literalmente - a ver páginas de Internet de uma forma sistematizada e a catalogá-las de acordo com o seu conteúdo. É possível fazer simulações de como um sistema destes vê uma página web (exemplo neste link).
E é com esta visão presente que se trabalha o SEM (search engine marketing) e o SEO (search engine optimisation)... a receita para o sucesso não é 7X, mas a incógnita existe, de facto.
Fontes: SEOmoz | HowStuffWorks | Wikipedia.