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Perfis sombra, o que são?

Quarta-feira, 17.07.13

O fantástico mundo do social e do networking traz-nos vantagens imensas, meios de estarmos sempre contactáveis e em contacto com familiares, amigos, colegas, conhecidos, pessoas com quem partilham interesses, etc.

Se é óbvio que estas plataformas trazem vantagens ao utilizador, mais óbvio ainda se torna que as mesmas trazem grandes vantagens a quem as produziu e quem as gere.

Um dos exemplos é o chamado "perfil sombra" no Facebook.

 

Um dos meios aos quais as plataformas que guardam dados de utilizador recorrem para melhorar os conteúdos a apresentar ao utilizador é uma gestão das preferências, informações pessoais e histórico de navegação (ao nível de conteúdos e de hábitos), mostrando anúncios de acordo com temas que o utilizador consulta com maior frequência, artigos relacionados com esses mesmo temas, etc.

Mas, por trás, está um log detalhado da actividade e do comportamento desse utilizador, um registo sempre em evolução que, embora seja imperceptível à primeira vista (daí o nome "sombra"), permite à plataforma ter dados para ser inteligente na apresentação de conteúdos.

No caso do Facebook, é fácil registar quais os amigos que são mais próximos, com quais tem mais contacto, de quais costuma gostar mais e comentar mais conteúdos, etc.

Mas não é só a partir dessa informação que o "perfil sombra" é construído; as informações que os seus "amigos facebookianos" guardam, as mensagens que trocam, os dados que têm nas agendas de Gmail, Live, MSN, Skype e afins (se estiverem com login feito simultaneamente) permitem expandir consideravelmente a base de conhecimento de umas para as outras.

 

 

Que perguntas surgem imediatamente?

  1. Desde quando é que o Facebook faz isto?
    R.: Desde cerca de 2007 que a empresa recolhe informação indirectamente, mas este tipo de catalogação existe desde meados de 2011.
  2. Existem "perfis sombra" para utilizadores não registados?
    R.: Embora faça sentido (e não fosse muito complicado recolher essa informação), o Facebook desmentiu até hoje guardar informação sobre utilizadores não autenticados.
  3. Isto é legal?
    R.: Nos EUA, sem dúvida que é e os "Termos e Condições" têm-no explícito; na Europa, há mais restrições sobre as quais a sede da empresa (na Irlanda) se tem debatido, estando a decorrer um processo que acusa o Facebook de, pelo menos, 7 violações de leis de protecção de dados e confidencialidade.
  4. Quem tem Facebook, tem um "perfil sombra"?
    R.: É altamente provável que sim, para não dizer que é certo que sim; a quantidade de informação guardada é que pode variar.
  5. Devo preocupar-me?
    R.: Mais do que preocupar-se, é importante preparar-se. Como qualquer pessoa que faz a gestão da sua privacidade com a família, amigos, conhecidos e estranhos, deve ter-se em mente que a Internet é um meio fortíssimo de propagação de informação... costuma dizer-se: "Uma vez na Internet, para sempre na Internet!"

Em relação ao recente caso do PRISM (projecto de recolha de informação pessoal em social media e plataformas online levado a cabo pelo Governo dos EUA), do caso de de Edward Snowden (ex-informático da CIA que expôs o PRISM ao público e agora é procurado pelos EUA por traição e espionagem) e da eventual divulgação de dados à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA), o Facebook desmentiu oficialmente que alguma da informação contida nos "perfis sombra" tenha sido passada a qualquer entidade, pública ou privada.

Ainda assim, e sabendo quantos perfis pessoais gerimos online e o quanto temos amigos que gostam de veicular informação pessoal, todo o cuidado é pouco na gestão da informação que queremos que se torne pública.

 

Fontes: Mashable | The Daily Dot | Best VPN Service.

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publicado por Hugo Salvado às 19:40

Toque e transparência

Sexta-feira, 09.03.12

O dia em que os controlos remotos e telefones sem fios "invadiram" os sofás mudou a nossa vida para sempre. Está claro que não foi num só dia nem uma só mudança, mas o que aconteceu foi o aparecimento de uma necessidade crescente de interagir com pessoas e/ou artefactos (seja um aparelho vídeo ou um computador) sem se sair do local, sem ter fios.

 

Mas o tempo dos botões também já lá vai... desde os primeiros conceitos apresentados (mas não inventados) pela "Bang & Olufsen" que existe a atracção natural pelo toque suave, quase indelével, mas capaz de fazer acontecer a mais rebuscada necessidade digital.

 

Um exemplo que pertence ao futuro próximo é o "Window Phone Concept"...

 

Window Phone Concept

 

Os smartphones trouxeram consigo o touch-screen onde, cada vez mais, tudo é botão... não só para ser carregado, mas também deslizado, mantido pressionado, duplamente clickado... e, mais recentemente, com multi-touch (possibilidade de captar mais do que um toque no ecrã).

Mas o que se pretende do interface, afinal?

 

Em termos de UX/UI (user experience / user interface), o objectivo centra-se (ou deveria centrar-se) em maximizar a capacidade de um utilizador chegar ao que realmente pretende (obtenção de informação, tomada de acção, etc.) e que esse processo decorra com a maior facilidade e simplicidade.

 

Na realidade dos nossos dias já cabem aparelhos como a Samsung Smart Window, que remete para um user interface de grande dimensão que pode existir numa janela, numa secretária de vidro, num tabletPC, num pequeno rectângulo portátil ou não, consoante a dimensão e função desejada.

 

Daqui até à automatização total vai um passo (mais orçamental do que tecnológico), pelo menos a julgar pela proposta da Corning, no seu imperdível vídeo promocional "Day made of Glass".

 

 

Fica claro que o futuro nos traz uma interacção baseada no toque onde a evolução mais iminente está no controlo da transparência do interface. Parece simples, não parece?

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publicado por Hugo Salvado às 23:45





Editorial

Gostamos da palavra propaganda, termo velhinho que, simplificando, antigamente definia sem complexos o conjunto de técnicas para publicitar uma ideia. Com o tempo, o termo muito utilizado pelos políticos numa conturbada fase do Século XX resistiu mal ao desgaste pelo sentido que assim se lhe deturpou: como se, realçar as virtudes próprias ou dum objecto, não fosse ambição e atitude legítimas, praticada por qualquer ser humano psicologicamente equilibrado e socialmente integrado. Ler mais

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