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Um blogue sobre comunicação inteligente
A “Internet-of-Things” no mundo de hoje
Ainda na semana passada aqui fizemos a apresentação da IoT, a "Internet-of-Things".
Só para que não fique a ideia de que é algo do futuro, algo que ainda está para chegar às nossas vidas, aqui fica um pequeno gráfico sobre as suas aplicações no mundo de hoje.
Fonte: IoT Analytics
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IoT, a “Internet-of-Things” (num minuto)
Já todos ouvimos falar da Internet-of-Things (ou, em Português, “Internet-das-Coisas”), comummente representada por IoT.
Como é um tema que vai entrar de uma forma massiva na nossa vida, vamos apresenta-la num minuto. Só um minuto. Está a contar…
Ponto prévio: o que são dispositivos “physical first” e o que são “digital first”?
Os dispositivos “physical first” foram criados para ter um uso material e cujo objectivo principal não é, nem envolve necessariamente a comunicação digital de dados (ex.: um frigorífico, um livro, um aspirador, um carro, etc.); em oposição, os que são “digital first” são os que funcionam em primeira instância com recurso à comunicação digital (ex.: um computador, um tablet, um smartphone, um leitor de MP3, etc.).
Assim sendo, a Internet of Things é o universo de objectos físicos (dispositivos, veículos, edifícios, etc.) do tipo “physical first” que possuem electrónica, software, sensores e ligação de rede que os torna capazes de recolher e enviar dados, de modo a comunicarem e operarem em conjunto com outros dispositivos.
Esgotado o minuto que definimos atrás como limite, e explicitando um pouco mais, o que isto quer dizer é que um PC (personal computer) não faz parte da IoT porque é algo que foi concebido desde o primeiro dia para funcionar numa perspectiva digital, de cálculo e processamento, tornando-se “normal” que comunique e actue com recurso a redes de dados.
Por outro lado, uma persiana, ou conjunto delas, que comunicam (via Internet) com um smartphone e obedecem a comandos de um modo remoto, esses sim, fazem parte da IoT.
Outro exemplo de IoT (e de grande relevância na melhoria da qualidade de vida) é termos um relógio que mede o batimento cardíaco e que lança alertas por mensagem se os valores medidos estiverem fora de determinados limites; aliás, a biometria já está bastante avançada hoje em dia, neste mundo de IoT.
Assim, tipo “ponta de icebergue” (porque este tema é mesmo muito vasto), podemos apresentar a IoE, Internet-of-Everything, que junta ambos os universos, o “physical first” e o “digital first” à interacção directa com as pessoas, processos e dados.
Mas, sobre isto, falaremos em detalhe no futuro. E isso demorará mais de um minuto.
Depois desta breve apresentação, fica ou não claro que esta realidade vai entrar de uma forma massiva na nossa vida?
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Dia das Mentiras... criativo e útil
Hoje é dia 1 de Abril… cuidado com as “petas” e “trapaças”!
Mas note-se, também há quem tenha tido o bom humor de nos proporcionar diversão gratuita no Rossio e Baixa de Lisboa, desde a Av. dos Aliados até à Torre dos Clérigos, nas ruas da aldeia mais portuguesa de Portugal, Monsanto, ou mesmo à volta da Sinapse Media (ou outro sítio qualquer no planeta)… o PacMan está no Google Maps:
https://www.google.pt/maps/@
Já agora, para também enviar informação realmente útil – e não apenas lúdica – aqui vai um site que serve para enviar uma pesquisa particular/específica; várias vezes, deparamos com colegas e amigos que têm dificuldades em encontrar no Google algo específico, que possa precisar de aspas ou switches.
Com este site, podemos enviar uma sintaxe de pesquisa, em vez de enviar um resultado único.
- Site: http://lmgtfy.com/ (let me google that for you!)
- Exemplo: http://lmgtfy.com/?q="great+marketing+content"+-advertising+tutorial
Tenham um óptimo Dia das Mentiras!
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O nascimento (e a morte anunciada) do clickbait
Em primeiro lugar, o que é o clickbait?
Trata-se de um método de marketing que tem o intuito de captar a atenção por via de uma frase, um título, que apresenta parcialmente o conteúdo, mas apela à leitura do mesmo, criando suspense e uma atracção quase subliminar. Está, como se calcula, altamente associado a sites gratuitos (como o TáBonito, PTchan, BuzzFeed, ou mesmo o pioneiro Upworthy)
Este método de marketing confere (ou tenta conferir) uma grande importância, interesse ou relevância ao conteúdo, mas o que é facto é que raramente se dá o caso.
Exemplos:
- Este homem estava a ser ofendido, mas a resposta dele deixou todos de boca aberta
- As 5 regras de emagrecimento funcionam, mas a 6ª é que fez toda a diferença
- Nunca irás acreditar quem é a pessoas por detrás deste projecto único
Qual o objectivo do clickbait?
Simples… page views, page clicks, site rank, online ads. Todos estes sites são completamente gratuitos (embora "pejados" de publicidade), raramente têm uma equipa de redacção que ultrapasse as 2 pessoas (e que escreva algo que seja original ou, pelo menos, inédito), pelo que o único objectivo é a geração de receita via publicidade online, com a sua ciência, mas nada de transcendental ou muito elaborado.
Na verdade, a imprensa escrita também já faz isto há muito tempo, “convidando” os leitores a passarem da capa e das primeiras páginas para o resto da publicação, jornal, revista, ou outro formato; há até registos de clickbait tão antigos quanto 1922.
Em meados de 2014, o Facebook anunciou que iria combater o clickbait nos feeds de notícias mas, se o fez, os resultados práticos foram nulos ou imperceptíveis.
Em termos de mainstream de comunicação, é provável que o clickbait perca alguma expressão porque, de facto, todos os visados irão sentir (mais tarde ou mais cedo) que o mais notável é mesmo o suspense criado e que esse interesse gerado não é correspondido com o valor do conteúdo de desenvolvimento mas, sabendo que o target é o que é, o decréscimo há-de ser tão relevante quanto o da imprensa cor-de-rosa.
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Big Data e os seus estudantes
O social media conta, em grande parte, com a projecção do ego que cada um faz de si mesmo.
Mas, para os donos da(s) plataforma(s), há uma enorme quantidade de informação que circula e é veiculada e, se bem analisada e interpretada, traz grande valor.
Já falámos sobre esta transferência de informação pessoal que autorizamos, mais ou menos conscientemente, quando falámos em perfis-sombra.
De um modo simples, chamamos Big Data a grandes quantidades de dados não tratados, sobre os quais se fazem estudos (ou "analytics") para se tirarem padrões, estatísticas, dados globais que sirvam para retirar informação sobre populações (de pessoas ou não) e suas características e comportamentos comuns.
Para além do que naturalmente preenchemos no nosso Facebook, a empresa está sempre interessada - bem como os seus parceiros comerciais - em saber mais, não para nos conhecer melhor (de uma forma desinteressada), mas porque o seu modelo de negócio - e de gestão/venda de publicidade, em particular - incide fortemente em adaptar conteúdos que sejam vocacionados para os nossos interesses, enquanto público.
Desde há muito que as organizações empresariais recolhem dados e os arquivam (exemplo: comércio, organismos e entidades oficiais) mas, embora registem, não estudam informação que não seja individual (exemplo: o valor e data/hora da compra, os dados do pagamento e do comprador, etc.).
Até há pouco tempo, os dados eram só usados de um indivíduo para esse mesmo indivíduo (os seus hábitos de compra, de comportamento, etc.) mas, hoje em dia, os estudos são muito mais avançados, mais transversais, mais populacionais, mais comportamentais e capazes de influirem em estratégias de marketing ou de produto.
As populações têm comportamentos comuns, característicos das pessoas que as compõem, e a Big Data "transpira" essa "dança de informação", tornando-a visível para quem tiver acesso e a observar.
Hoje, existem lojas de dados, "mastigados" e tratados, ou mesmo em bruto e "por mastigar". Seja o histórico do browser, a lista de pesquisas que se fez no Google ou Bing, a actividade que se tem no Facebook ou Twitter, sejam mesmo data warehouses empresariais de sistemas de informação de uso próprio/privado (por exemplo, o SAS), há quem recolha esses dados e os guarde, de forma mais ou menos anónima, com objectivos mais globais ou direccionados.
Há muito que a Amazon percebeu este facto e que nos faz sentir que nos conhece, a cada vez que andamos por lá. Mas, por cá, também o Continente tem tido uma grande atenção ao comportamento dos seus clientes (especialmente, os que usam o seu cartão de fidelização)...
É preciso ler e estudar muitos dados para se chegar a alguma conclusão e tomar alguma decisão mas, felizmente, só uma pequena parte dessa tarefa requer o olho humano.
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O futuro da Internet e a sua venda
Em complemento ao post anterior, é mesmo real que o futuro da Internet encerra em si muita incerteza, porque o shift do paradigma da sua existência e utilização pode realmente acontecer.
Não, a Internet não é algo que possamos tomar como garantida no formato em que a conhecemos, é algo dinâmico, até a um nível físico da sua própria construção (cablagem, hardware e software de rede, etc.).Um exemplo é o facto de Mark Zuckerberg (Facebook) e a Google estarem a adquirir uma parte significativa da rede nos EUA.
Só esse facto quer dizer que a Internet de uso gratuito que hoje usamos pode transformar-se num conjunto de propriedades privadas e potencialmente taxáveis (intenção já revelada por Zuckerberg).
Tal como falámos ontem, a pergunta que fica é: estamos prontos?
Fonte: Gizmodo.
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A preparação para o futuro, com a Internet
O futuro da Internet é incerto, bem como a sua dimensão e aplicabilidade no nosso dia-a-dia, tão ou mais do que era há 20 anos, quando dava os primeiros passos.
A chave é a preparação, por via do conhecimento, da abertura à aprendizagem.
Uma das empresas de vanguarda de então, a NPR, publicou um memorando que apresenta "a ponta do icebergue".
Vale a pena ler:
A frase-chave é: "...the biggest bang for the least impact on hardware, software and staff support...", ou seja, a maior possibilidade de disrupção com o menor impacto interno.
E nesse aspecto, a Internet continua a ter a maior e mais variada oferta.
Agora, como há 20 anos, a questão é: estamos prontos?
Fonte: NPR.
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Facebook Paper, o novo 'news reader'
Anunciada na quinta-feira (dia 30 de Janeiro) e lançada hoje, dia em que o Facebook celebra 10 anos de vida, uma nova app vai começar a "invadir" os iPhones. Para concorrer com o Pulse, o Pocket ou ainda o Feedly, chega o Facebook Paper.
A ideia de Mark Zuckerber é dupla: não perder o mercado mobile para a concorrência (Twitter, Instagram e Vine são mais simples e mais user-friendly em pequenos dispositivos) ao mesmo tempo que retira informação do que as pessoas querem ler e saber.
Felizmente para os utilizadores, o UX/UI (user experience/user interface) foi a preocupação nº1 e a aplicação tem notórias semelhanças com os interfaces que a Apple desenha e, segundo a Facebook, vai limpar o "lixo" dos feeds dos seus utilizadores.
Tal como a concorrência apresenta, irão haver canais pré-definidos (por tema e/ou por publicação) e a possibilidade de segmentação, mas a dúvida fica em se e como vai ser feita a ligação ao site-mãe, a qual será possível mas de um modo que não seja exagerado nem que cause redundância entre as duas plataformas.
Será possível? Terá sucesso?
Daqui a umas semanas, falamos.
Fontes: Wired | TechCrunch.
# Actualização - 2014.Fev.5 #
Com o 10º aniversário como pano de fundo, um balanço:
- O Facebook facturava cerca de $770.000.000,00 em 2009 e multiplicou isso por 1000 em 4 anos; a isso, corresponde um lucro de $1.500.000.000,00 em 2013 (mil e quinhentos milhões de dólares);
- As acções do Facebook começaram finalmente a subir... vão nos $62, depois de um início modesto e pouco lucrativo;
- Numa guerra social global (principalmente contra o Twitter e Google+), a empresa comprou o Instagram por $1.000.000.000,00 (mil milhões de dólares) em Abril de 2012;
- Mike Zuckerberg não está mais simpático hoje do que em 2004... mas gere melhor o seu marketing pessoal (por exemplo, dizendo que "o Facebook é a melhor rede social, porque a empresa é a que se preocupa mais com os seus utilizadores"); será?
Com 2 dias de Facebook Paper, algumas preocupações:
- A aplicação funciona apenas em iPhone (e ainda não funciona em iPad);
- A aplicação está disponível apenas para quem tenha conta americana na Apple Store;
- Existe uma aplicação chamada "Paper by FiftyThree" já registada há vários anos.
Fontes: USA Today | TechCrunch.
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O marketing e o Vaticano
Há ainda que não reconheça que "uma imagem vale mil palavras", mas esse não é o caso do Papa Francisco.
Com uma atitude completamente nova em termos de comunicação e imagem, temos recebido do Vaticano - e, nomeadamente, do Papa - frequentes lições de marketing e, claro, também de humildade, sinceridade e simplicidade que a TV (principalmente a de horário nobre) adora.
Ao que parece, o Vaticano está a dar todos os passos na direcção certa, até na tolerância com que encara o que lhe era estranho e desconhecido até há pouco.
Um exemplo disso é o mais recente tweet do Vaticano (sim, o Vaticano tem presença oficial no Twitter), apontando um pormenor de arte urbana (um graffiti de um artista que se intitula de "Maupal") em que o Papa aparece em pose de Super-Homem, com uma mala a dizer "Valores".
Simples, directo e eficaz na mensagem.
Li algures que: "os grandes actos espantam, mas os pequenos convencem".
O marketing não existe para se ganharem uns "aaah!" e uns "oooh!" de espanto, o marketing de hoje é um espelho dos valores de quem o faz, da indentidade de quem quer transmitir uma mensagem verdadeira.
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Ano novo, marketing novo?
O marketing tem tudo a ver com tendências, com trends, com as direcções que as pessoas tomam em termos de escolha... a futurologia daria aqui muito muito jeito.
Mas, se adivinhar é impossível, tentar não é.
A tecnologia veio alterar o marketing, aquele que no séc. XX tinha tudo a ver com promoções e descontos, com grandeza e confiança. Hoje, uma empresa de 3 pessoas pode não oferecer nada grátis (nem sequer usar a palavra) e revelar-se a melhor escolha/solução para um cliente multinacional e/ou de grande dimensão.
Então, o que mudou?
Numa frase, o marketing deixou de se focar na mensagem passada ao cliente, mas antes na experiência oferecida ao cliente ou, por outras palavras, em vez de se tentar captar a atenção, o novo objectivo é manter a atenção do (potencial) cliente.
As empresas (e as pessoas, no âmbito do seu marketing pessoal) têm de desenvolver competências de comunicação e não apenas delegá-las em terceiros, têm de saber exigir comunicação que sustente os seus valores e as suas verdadeiras qualidades e não apenas frases chamativas sem correspondência com o que têm para oferecer.
Para "atacar o mercado", há que ter presente que não se pode viver numa ditadura de números, que as estatísticas e métricas servem apenas de amostra para um universo que é sempre novo, a cada momento.
E para 2014?
Com o aparecimento das soluções open source (código-fonte aberto e disponível para todos) e freemium (versão base gratuita, com upgrades e desevolvimentos pagos) uso de big data (estudo e análise de grandes quantidade de dados) e soluções de cloud storage e cloud computing, qualquer empresa de qualquer dimensão pode criar o seu ecossistema de funcionamento (como se organiza, como se define e quais são as suas ferramentas de trabalho, em que mercado vai competir, com quem vai competir, etc.)... decisões entre Microsoft Office vs Open Office, SalesForce vs Podio, escritório físico vs escritório virtual, entre tantas outras, são para todos e exigem conhecimento, informação e capacidade de decisão.
O novo ano vai acentuar a tendência da democratização do acesso a informação, plataformas, ferramentas e soluções que, por sua vez, democratizam a presença das pessoas e das empresas nos mercados em que se inserem, seja a um nível pessoal ou profissional.
Em 2014, o duplo significado de "experiência" (a que já se adquiriu e a que se experimenta a cada momento) será fulcral, para todos e cada um.
Ou, como Greg Satell diz: "E é assim que as revoluções ganham força, não pelos líderes ou até ideias, mas quando o mais comum dos homens começa a imaginar que poderia ser rei."
Fontes: DigitalTonto (1) | DigitalTonto (2).
Frase original de Greg Satell, autor do DigitalTonto: "And that’s how revolutions gain their power, not from leaders or even ideas, but when ordinary men begin to imagine that they could become kings."